O Design Biofílico é um segmento do design que tem a Biofilia como fundamento. A palavra vem do grego bios, vida, e philia, amizade ou amor, ou seja, amor à vida. Em outras palavras, a Biofilia, nada mais é que a nossa conexão com a natureza, visto que evoluímos nesse ambiente.

Em 1980, o biólogo americano Edward O Wilson difundiu esse termo quando observou como os índices crescentes de urbanização estavam levando a uma desconexão com o ambiente natural.
Atualmente, o ser humano passa 90% da vida em ambientes internos e fechados, do qual 1/3 das habitações em áreas urbanas brasileiras não possuem uma árvore em seu entorno, conforme pesquisa do IBGE de 2010. Contudo, o ser humano é biologicamente programado para se conectar aos recursos e processos naturais.
Viver nas cidades, com uma rotina intensa, aprisionados, e desconectados do ambiente natural tem afetado nossa saúde mental, física e emocional. É necessário refletir o nosso estilo de vida e os ambientes que frequentamos, para que possamos viver de uma maneira mais leve, saudável e que nos proporcione bem estar.

O Design Biofílico é um meio possível de promover tal transformação. Ele consiste na união da arquitetura, urbanismo, paisagismo e design, nos permitindo essa reconexão com a natureza. Portanto, o design biofílico vai muito além de apenas adição de um ou dois vasos de plantas no espaço.
Um projeto baseado no design biofílico somente forma-se quando está completamente envolvido no propósito da união do ser humano e a natureza. É um caminho de imersão. Ao incluir conscientemente a natureza no interior, ou no projeto arquitetônico, estamos institivamente nos reconectando a ela. A luz natural, a vegetação, as paredes vivas, as texturas naturais e as vistas de materiais naturais proporcionam um impacto positivo, podendo reduzir os níveis de estresse, a pressão arterial e as frequências cárdicas, ao mesmo tempo que aumentam a produtividade e o bem estar geral.

Os Três pilares do Design Biofílico
Segundo o livro The Practice of Biophilic Design, escrito pelo professor de ecologia da Universidade de Yale, Stephen R. Kellert, e a arquiteta e educadora, especialista em biofilia, Elizabeth F. Calabreze, o design biofílico é dividido em três pilares:
Experiência direta com a natureza;
Experiência indireta com a natureza;
Experiência de espaço e lugar.
Cada pilar é constituído por pontos irrefutáveis dentro do espaço construído, tornando possível compor qualquer ambiente com o conceito do design biofílico.

Fontes:
https://www.metropolismag.com/architecture/what-is-and-is-not-biophilic-design/
https://www.terrapinbrightgreen.com/reports/14-patterns/
Comments