Em um recente post, a temática versava sobre as 10 arquitetas que merecem ter um Pritzker, que é o reconhecimento mais importante que um arquiteto (a) pode receber em vida. Uma brilhante aluna fez então um questionamento a respeito do texto: porque só escutei agora sobre muitas dessas arquitetas?
O prêmio surgiu de uma iniciativa criada por Jay Pritzker por meio da Fundação Hyatt, uma organização associada a empresa hoteleira fundada pelo próprio em conjunto com seu irmão Donald em 1957. A primeira edição foi realizada em 1979, e o primeiro arquiteto a ser homenageado foi Philip Johnson.
Este ano o vencedor foi Arata Isozaki, arquiteto japonês, famoso por seu extenso portefólio de obras ao redor do mundo e também por suas contínuas colaborações para a teoria da arquitetura e do urbanismo.
Porque será que ao longo desse tempo, somente três mulheres conquistaram o prêmio? Sendo que duas delas, Kazuyo Sejima (2010) e Carme Pigem (2017) ganharam em conjunto com seus respectivos sócios nos escritórios e somente Zaha Hadid (2004), obteve individualmente?
Segundo o CAU, apesar de termos registrado um número maior de arquitetas que de arquitetos, a proporção entre professores arquitetos e professoras arquitetas ainda é de 3 para 1 em nossas escolas. No Brasil os escritórios de maior destaque e notoriedade no setor possuem a sua equipe encabeçada por arquitetos do sexo masculino.
É desafiadora a atuação e afirmação feminina num setor profissional tão enraizado de preconceitos, mas devemos e queremos ser definidas pelo nosso profissionalismo e competência, não pela questão ou discussão de gênero.
O coletivo Arquitetas Invisíveis, fundado em 2014, surgiu da necessidade de mostrar a produção feminina no âmbito da Arquitetura e do Urbanismo, pois a percepção sobre a falta de uma produção de arquitetas, era, na verdade, a falta de dar visibilidade para uma produção já existente e cada vez maior.
São tantas arquitetas pesquisadoras, projetistas, construtoras, escritoras, críticas, professoras, que estão presentes, que são formadoras de opinião e de novas carreiras, que foram pioneiras como Julia Morgan, invisíveis como Eileen Gray e Denise Scott Brown, e contemporâneas como Farshid Moussavi, Carla Juaçaba e Odile Descq, entre outras. Porque não estudamos sobre elas nas Escolas de Arquitetura?
Projete, construa, escreva e critique como uma garota. Porque afinal, Who run the world?
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS IMAGENS
http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/pritzker/
https://www.archdaily.com.br/br/889655/quem-ja-ganhou-o-premio-pritzker
https://br.pinterest.com/thesnobmob/women-architecture-inspo/?lp=true
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